sexta-feira, 30 de abril de 2010

Perseverança. "Tende bom ânimo" ( final)

“Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: 'Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade'.” (Mt 26.42).

No texto anterior, nós compartilhamos sobre a luta que travamos contra o desânimo devido as aflições da vida. Fomos desafiados por Deus Pai a olharmos para Jesus e considerarmos o seu sacrifício na cruz para não desanimar. Jesus encarou o sofrimento com um ânimo que só poderia vir do Pai e que creio ter sido sustentado entre outras coisas, pela fé. Qual é a sua visão de fé? O que você entende por fé? Vale a pena responder a essa pergunta no seu coração antes de prosseguir. Para ajudá-lo a refletir, posso dizer que a nossa visão da fé, reflete a nossa visão de Deus.


Existem pessoas que enxergam a vida como um restaurante onde Deus é o dono, Jesus é o tempero e o Espírito Santo é o garçom que nos serve os melhores pratos. Afinal, “sou cristão e mereço o melhor de Deus pra mim”. Outras enxergam a vida como uma viagem. Sendo Deus Pai, o destino; Jesus, o caminho; e o Espírito Santo a companhia. Eu creio que Jesus prefere que escolhamos a segunda opção, amados.


Com relação à fé, permanece o mesmo princípio. Se eu vejo Deus de forma incompleta, vejo a fé de forma incompleta. Se vejo Deus como meu provedor somente, então vejo a fé como “o crer nas coisas que preciso que Deus faça para ou por mim”. Mas quando eu vejo um Deus pleno, então para mim a fé é “o crer nele e em tudo que vem dele”. Por exemplo, a sua vontade.


Jesus estava alicerçado na fé, na convicção de que estava fazendo a vontade de Deus. Ele tinha fé na perfeição do Deus que era seu Pai. E por isso ele tinha certeza de que tudo que acontecia com ele era da vontade de Deus e que essa vontade era perfeita, boa e agradável, ainda que dolorosa. O primeiro alicerce que sustentou Jesus e não permitiu que ele desanimasse, foi a fé.

“Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.” (Hb 10.38).“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.” (Hb 11.1).

Jesus não tinha dúvidas de que era necessário ir à Cruz para salvar a humanidade e que precisava ser ele porque somente o seu sangue poderia remir os nossos pecados. Essa certeza da vontade de Deus, seja por ação ou permissão, precisa encher o nosso coração. Se amamos a Deus, todas as coisas certamente cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).

É difícil não desanimar quando nos sentimos sozinhos. Aprendemos a caminhar dependendo de apoio humano. Lutamos enquanto tem alguém no nosso time ou na arquibancada torcendo. Mas quando a arquibancada está vazia e no campo só há você, a bola e o gol, falta-lhe forças para chutar. E toda essa sensação de frustração e vazio se deve à nossa tão limitada fé! Não caminhamos focados em Deus.


Jesus tinha tanta fé no seu Pai, que mesmo quando seus companheiros de time (os discípulos) e a sua torcida (as pessoas que ele abençoava) o deixaram, seu coração continuou firme. Ao pedir que Deus perdoasse o povo que o crucificava e ao declarar que Pilatos não tinha autoridade alguma sobre ele se Deus não a tivesse lhe dado, Jesus mostra que se o seu corpo estava ali, padecendo, seu coração estava protegido como num campo de força, ligado a algo muito maior.
Nada afetou o seu caráter, a sua santidade e a sua fé, pois ele sabia que Deus estava no controle da situação. Oh! Aleluias! Como precisamos aprender com Jesus!


O Mestre tinha uma fé plena num Deus pleno e por isso teve um testemunho de vida pleno. Quantas vezes usamos nossas lutas como desculpas para os nossos pecados... Mas Jesus se manteve totalmente incontaminável, protegido pela fé.


É fácil dar testemunho de fé no altar, pregando a Palavra, louvando, orando. O ambiente de um culto é perfeito para expressarmos nosso amor a Deus e nossa fidelidade a ele. O lugar é consagrado e a companhia é de companheiros da mesma fé. Como desanimar ali, quando olhares de admiração nos seduzem ao sermos usados pelo Deus que nos chamou, diante dos homens? Jesus poderia ter restringido sua postura de fé aos lugares e situações onde era o centro das atenções e todos criam nele e esperavam coisas boas dele.


Mas foi quando enfrentou a perseguição da sua gente, a morte pelas mãos dos seus irmãos do povo de Israel, seu sangue, se esvaziando voluntariamente do seu próprio poder e se fazendo vergonha por mim e por você, sabendo que a Deus agradava moê-lo (Is 53.10) que ele deu sua maior prova de fé: “Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.” (Lc 23.46).


Como uma criança, ele se entrega aos cuidados do seu Pai num momento de dor aguda e de profunda solidão. E aí, vai encarar?


Para terminar, fica uma palavra de Paulo, um discípulo sofredor, autor do mais detalhado ensinamento sobre fé contidos na Bíblia: “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar.” (1Co 10.13).


Tenha ânimo! Tenha fé! Sustente seu ânimo com a sua fé! Ela o sustentará.

"HÁ PODER EM SUAS PALAVRAS"



Quando ouvires dizer, de alguma das tuas cidades que o SENHOR teu Deus te dá para ali habitar: Uns homens, filhos de Belial, que saí­ram do meio de ti, incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conhecestes; então inquirirás e investigarás, e com diligência perguntarás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação no meio de ti; certamente ferirás, ao fio da espada, os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais." [Deuteronômio 13.12-15]

Aqui está a orientação de Deus a respeito do que devemos fazer quando “ouvirmos dizer” alguma coisa: inquirir, investigar e perguntar com diligência. Essa é a maneira como fazemos a diferença entre o fato e a versão, entre a verdade e o boato. Quando alguém comenta “ouvi dizer”, devemos perguntar: Quem disse? Quando disse? Para quem disse? Por que disse? Para que disse? E também perguntar a quem traz a informação: Por que você está me contando isso?

Entre o “ouvi dizer” e a verdade dos fatos há distâncias que podem e devem ser encurtadas pelo correto trato das informações. Entre os extremos de “varrer coisas para debaixo do tapete”, esconder, fingir que não existem, e “pendurar a roupa suja no varal”, expor publicamente o que é í­ntimo e privado, está a recomendação bí­blica, a saber, a busca pela verdade.

Boatos e versões podem destruir pessoas, famí­lias, comunidades, cidades e nações. Os relacionamentos se fundamentam nas palavras: a verdade gera vida, a mentira gera morte. O sábio Salomão ensinou que palavras são como “espada penetrante” [Provérbios 12.18], e que “a morte e a vida estão no poder da lí­ngua” [18.21]. Não foi sem razão, portanto, que Jesus advertiu que “de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juí­zo... porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” [Mateus 12.36,37].

Isso faz lembrar aquela história quando um rapaz procurou o filósofo Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras?

- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo.

- Mas suponhamos que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?

- Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta? - arremata Sócrates - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos.

Talvez o apóstolo Paulo conhecesse essa história. Suas recomendações são igualmente valiosas: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai (isso falai)” [Filipenses 4.8].

Ed René Kivitz
www.pavablog.com.br

quinta-feira, 29 de abril de 2010

"A Maldição da Culpa"



Por John Piper,

Em 26 anos de pastorado, o mais perto que eu havia chegado de ser demitido da Igreja Batista Bethlehem foi em meados da década de 1980, depois de escrever um artigo intitulado Missões e masturbação para nosso boletim. Eu o escrevi ao voltar de uma conferência sobre missões presidida por George Verwer, presidente da Operação Mobilização. No evento ele disse como seu coração pesava pelo imenso número de jovens que sonhavam em obedecer completamente a Jesus, mas que acabavam se perdendo na inutilidade da prosperidade americana. A sensação constante de culpa e indignidade por causa de erros sexuais dava lugar, pouco a pouco, à falta de poder espiritual e ao beco sem saída da segurança e conforto da classe média.

Em outras palavras, o que George Verwer considerava trágico – e eu também considero – é que tantos jovens abandonem a causa da missão de Cristo porque ninguém lhes ensinou como lidar com a culpa que se segue ao pecado sexual. O problema vai além de não cair; a questão é como lidar com a queda para que ela não leve toda uma vida para o desperdício da mediocridade. A grande tragédia não são práticas como a masturbação ou a fornicação, e nem a pornografia. A tragédia é que Satanás usa a culpa decorrente desses pecados para extirpar todo sonho radical que a pessoa teve ou poderia vir a ter. Em vez disso, o diabo oferece uma vida feliz, certa e segura, com prazeres superficiais, até que a pessoa morra em sua cadeira de balanço, em um chalé à beira de um lago.

Hoje de manhã mesmo, Satanás pegou seu encontro das duas da manhã – seja na televisão ou na cama – e lhe disse: “Viu? Você é um derrotado. O melhor é nem adorar a Deus. Você jamais conseguirá fazer um compromisso sério para entregar sua vida a Jesus Cristo! É melhor arrumar um bom emprego, comprar uma televisão de tela plana bem grande e assistir o máximo de filmes pornográficos que agüentar”. Portanto, é preciso tirar essa arma da mão dele. Sim, claro que quero que você tenha a coragem maravilhosa de parar de percorrer os canais de televisão. Porém, mais cedo ou mais tarde, seja nesse pecado ou em outro, você vai cair. Quero ajudá-lo a lidar com a culpa e o fracasso, para que Satanás não os use para produzir mais uma vida desperdiçada.

Cristo realizou uma obra na história, antes de existirmos, que conquistou e garantiu nosso resgate e a transformação de todos que confiarem nele. A característica distintiva e crucial da salvação cristã é que seu autor, Jesus, a realizou por completo fora de nós, sem nossa ajuda. Quando colocamos nele a fé, nada acrescentamos à suficiência do que fez ao cobrir nossos pecados e alcançar a justiça que é considerada nossa. Os versículos bíblicos que apontam isso com mais clareza estão na epístola de Paulo aos Colossenses 2.13-14: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões e cancelou o escrito de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”.

É preciso pensar bem nisso para entender plenamente a mais gloriosa de todas as verdades: Deus pegou o registro de todos os seus pecados – todos os erros de natureza sexual – que deixavam você exposto à ira. Em vez de esfregar o registro em seu rosto e usá-lo como prova para mandar você para o inferno, Deus o colocou na mão de Seu filho e pregou na Cruz. E quem são aqueles cujos pecados foram punidos na cruz? Todos que desistem de tentar salvar a si mesmos e confiam apenas em Cristo. E quem assumiu essa punição? Jesus. Essa substituição foi a chave para a nossa salvação.

Alguma vez você já parou para pensar no que significa Colossenses 2.15? Logo depois de afirmar que Deus pregou na cruz o registro de nossa dívida, Paulo escreve que o Senhor, “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”. Ele se refere ao diabo e seus exércitos de demônios. Mas como são desarmados? Como são derrotados? Eles possuem muitas armas, mas perdem a única que pode nos condenar – a arma do pecado não perdoado. Deus pregou nossas culpas na cruz. Logo, houve punição por elas – então, seus efeitos acabaram! O problema é que muitos percebem tão pouco da beleza de Cristo na salvação que o Evangelho lhes parece apenas uma licença para pecar. Se tudo que você enxerga na cruz de Jesus é um salvo-conduto para continuar pecando, então você não possui a fé que salva. Precisa se prostrar e implorar a Deus para abrir seus olhos para ver a atraente glória de Jesus Cristo.

Culpa corajosa – A fé que salva recebe Jesus como Salvador e Senhor e faz dele o maior tesouro da vida. Essa fé lutará contra qualquer coisa que se coloque entre o indivíduo salvo e Cristo. Sua marca característica não é a perfeição, nem a ausência de pecados. Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado. A justificação se relaciona estreitamente com a obra de Deus pregando nossos pecados na cruz. Justificação é o ato pelo qual o Senhor nos declara não apenas perdoados por causa da obra de Cristo, mas também justos mediante ela. Cristo levou nosso castigo e realiza nossa retidão. Quando o recebemos como Salvador e Senhor, todo o castigo que ele sofreu, e toda sua retidão, são computados como nossos. E essa justificação vence o pecado.

Possuímos uma arma poderosa para combater o diabo quando sabemos que o castigo por nossas transgressões foi integralmente cumprido em Cristo. Devemos nos apegar com força a essa verdade, usando-a quando o inimigo nos acusar pelas nossas faltas. O texto de Miquéias 7.8-9 apresenta o que devemos lhe dizer quando ele zombar de nossa aparente derrota: “Não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei (…) Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito”. É uma espécie de “culpa corajosa” – o crente admite que errou e que Deus está tratando seriamente com ele. Mas, mesmo em disciplina, não se afasta da bendita verdade de que tem o Senhor ao seu lado!

Há vitória na manhã seguinte ao fracasso! Precisamos aprender a responder ao diabo ou a qualquer um que nos diga que o Senhor não poderá nos usar porque pecamos. “Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei”, frisou o profeta. “Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz.” Sim, podemos estar nas trevas da iniqüidade; podemos sentir culpa, porque somos, realmente, culpados pelo nosso pecado. Mas isso não é toda a verdade sobre o nosso Deus. O mesmo Deus que faz nossa escuridão é a luz que nos apóia em meio às trevas. O Senhor não nos abandonará; antes, defenderá a nossa causa.

Quando aprendermos a lidar com a culpa oriunda de nossos erros com esse tipo de ousadia em quebrantamento, fundamentados na justificação pela fé e na expiação substitutiva que Cristo promoveu por nós, seremos não apenas mais resistentes ao diabo como cometeremos menos falhas contra o Senhor. E, acima de tudo, Satanás não será capaz de destruir nosso sonho de viver uma vida em obediência radical a Jesus e de serviço à sua obra.

John Piper é escritor e pastor da Bethlehem
Baptist Church, em Minneapolis (EUA)
http://cristianismohoje.com.br/ch/a-maldicao-da-culpa/

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Perseverança. "Tende bom ânimo"

A saída para o nosso desânimo está no alicerce que sustentava Jesus quando cada pedra, prego ou fardo era lançado sobre ele

“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16.33). Hoje comecei meu dia com este texto de João no meu coração. Jesus deixou claro que a caminhada terrena não seria nada fácil para nós. Ele nos avisou que teríamos aflições, mas disse também para termos “bom ânimo”.


Sinto-me um tanto fragilizada no meio do caos destes últimos dias em que aguardamos com ansiedade o regresso do nosso Senhor Jesus Cristo. Deus sabe que se nessas horas, não pudermos ouvir a sua voz, nos perderemos nessa caminhada. E quando lemos o texto de Hebreus 12.1-3, parece que o nosso Paizinho querido deixou um “bilhetinho”, um recado especial direto e decisivo para nós. Está escrito: “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas.”


Fica claro para mim, que temos duas atitudes a tomar se queremos passar pelos vales dessa vida sem nos esmorecer: olhar para Jesus e considerar o que ele enfrentou.


No Dicionário Aurélio, há vários significados para o verbo “considerar”. Vejamos alguns: “atentar para, pensar, meditar, examinar, apreciar, observar, imaginar”. Ou seja, Paulo ensina que em tempos de fraqueza e embaraço, precisamos fitar os nossos olhos na pessoa do Senhor Jesus Cristo e prestar atenção, pensar, examinar, apreciar, observar e imaginar o que ele enfrentou na cruz por nós. Isso nos reanimará.


Falamos muito da cruz, mas vivemos pouco a magnitude do seu significado. “Considerando” a mensagem profética (hoje consumada) de Isaías 53. É muito sofrimento! Tudo numa imensa dimensão e num curtíssimo espaço de tempo. E o mais chocante é que ele viveu tudo isso na sua carne, como homem e não como Deus. Não é à toa que no verso 3, Isaías define Jesus como um “homem de dores” e que sabe o que é padecer!


Ele foi desprezado, rejeitado pelos seus. Levou sobre si todas as enfermidades que existiam e que viriam a existir. Foi acusado e julgado injustamente por aqueles aos quais Ele iria se entregar a morte. Levou sobre si os pecados de toda a humanidade, pagando por uma culpa que não cometeu. E teve de encarar a ingratidão descarada de todos. Não consigo deixar de pensar como ele conseguiu! Tudo sozinho. Voluntariamente. Como homem. Sendo que por muito menos a gente “chuta o balde”, amados. Como ele conseguiu enfrentar tudo isso e vencer?


Existe uma força, um ânimo celestial no coração de Jesus que eu preciso ter e o Pai sabe disso. Por isso, me orienta a olhar para ele e a considerar a cruz. Porque é ali, nas entrelinhas da história da nossa salvação, que nós achamos a resposta. A saída para o nosso desânimo está no alicerce que sustentava Jesus quando cada pedra, prego ou fardo era lançado sobre ele. Um alicerce triplo que, mais tarde, o apóstolo definiria como as únicas três coisas que permanecem: a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR (1Co 13.13). Aleluia!


Eu vejo que somos muito despreparados para a vida, irmãos. Conhecemos muito da teoria do Reino de Deus, mas temos pouca intimidade com as verdades do mesmo. A prova disso é que eu já escrevi inúmeras mensagens voltadas para serem luz em momentos de crise e volta e meia lá estou eu, de volta ao mesmo lugar de Marta e Maria: aos pés de Jesus, chorando, me lamentando sobre os meus “defuntos espirituais”, resmungando a aparente demora de Jesus em agir e reivindicando a ressurreição dos meus “Lázaros”.


Mas, quando eu olho para ele, vejo que tem coisas que somente Jesus pode me ensinar, porque só ele viveu e venceu. É assim que Deus faz. Vamos a ele em busca de respostas e voltamos com uma revelação, uma direção e uma promessa.


A revelação da cruz, a direção em olhar para ela e a promessa de viver na minha vida a mesma vitória daquele que a enfrentou por mim: Jesus! “Se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Rm 8.17).


Ânimo, meu irmão! Tende bom ânimo! Se Jesus venceu, eu e você também venceremos!


Levante a cabeça!

Andar sobre as águas...

"Sobrevivi"

Nesses dias bateu à porta do meu coração uma necessidade avassaladora de cumprir o chamado para o qual definitivamente eu nasci. Toda maturidade é bem vinda principalmente a que parece me chegar aos 33 anos. Meu chamado para a Capelania da Misericórdia e da Justiça tem me consumido. A dificuldade em mobilizar de maneira útil o braço da Igreja em favor dos menos favorecidos, me consome.Tenho conseguido essa adesão aos poucos como em um trabalho de conta-gotas interminável. Eu sigo com meu coração pegando fogo desde Portas Abertas e A Igreja Perseguida, essa que jamais abandonarei e pela qual continuarei gastando a minha voz para gritar: “Orem! Socorram a Igreja Perseguida!!! Fui ignorada e engavetada nesse discurso, até que os jovens começaram a dançar minhas canções na Igreja e a mostrar aos lideres que entendiam de intercessão e missiologia muito mais que os Teólogos engravatados. O povo veio, gritou: “Eu Vou!” Lotou o Mauá de São Gonçalo. Sessenta mil pessoas vieram e gravaram o Profetizando as Nações. DVD tachado de chato e longo para os desligados do mundo espiritual, assim como o CD, que foi incompreendido e taxado de sem expressão de vendas, até que conquistou seu platina duplo e credibilidade junto aos órgãos missionários. A massa veio, gravou, cantou, e hoje, muitos dos que estavam na gravação, estão debaixo de escombros da lama e das avalanches de barro, água, lixo e descaso público. Meus guerreiros de São Gonçalo foram soterrados. Meus amigos que gritaram alto comigo para o planeta ouvir, foram dizimados. Estão sem casa, sem amor, sem ajuda. Muitos guerreiros e mártires se organizaram abrindo as portas das Igrejas próximas ao morro do Bumba. Só restou a Igreja. O Estado não acomoda ninguém em lugar nenhum. Soube da história do Pr. Bruno que desde o dia 5 de Abril está sem voltar em casa cuidando de gente, amando os que choram… Como ele, muitos estão amando… apenas amando… porque é TUDO o que eles tem para dar. Eu sobrevivo ao Rio de Janeiro, aos ataques e aos atentados que já sofri. Aos tiros que levei na Av. Automóvel Clube, via conhecida como perigosíssima no Rio de Janeiro. Eu era pastora no bairro de Vicente de Carvalho perto do Morro do Juramento e voltava para casa quando coloquei a mão no teto do carro e disse: “Mil cairão ao meu lado, dez mil à minha direita, mas eu não serei atingida.” Fizemos a curva para o bairro de Inhaúma e três rapazes invadiam a pista e pulavam para calçada com se brincassem de atravessar a rua. Na nossa vez, um deles também pulou, eu achei que era brincadeira. Esse mesmo, puxou uma pistola ponto 40 e disparou 4 tiros em nosso pára-brisa. Isaac tinha 9 meses e estava na cadeirinha atrás com a Mema (babá). Emerson tentou desviar e eu vi quando as balas eram cuspidas da pistola e sumiam incandescentes diante dos meu olhos como se apagassem chegando ao vidro da frente. Batemos na mureta da linha do metrô e, como por reflexo, Emerson lançou o carro em cima do bandido. Ele correu para a calçada e continuou atirando. O cheiro de pólvora era forte dentro do carro e uma fumaça nos inebriou. “Estamos mortos”! Pensei. O bandido continuava atirando e dessa vez nos carros de traz. Matou o motorista da Kombi que vinha a seguir, atirou em um Honda Civic, em outra família. Eu gritei: “Ele não quer o carro! Emerson, corre!!! ” O Emerson saiu em alta velocidade enquanto olhávamos se estávamos sangrando. Chegamos a uma patrulha na linha amarela e relatamos o acontecido. O policial estava sozinho e chamou outros pelo rádio. Heroicamente saiu ao encontro dos três que atiravam sem parar em quem passasse . Eles tinham ordem do comando para barbarizar os civis, pois um deles havia sido morto por policiais no dia anterior (viu ? eles pressionam o Estado, não que eu concorde, longe de mim!). Seguimos para casa em choque. Eu pensava: “É assim que se morre. Devemos estar estirados no chão mas em nossas mentes achamos que estamos vivos. Onde estarão os anjos?” Seguimos para o condomínio onde morávamos. Saímos do carro e procurávamos os buracos de bala.Tiramos as roupas e fraldas do bebê Isaac de 9 meses. O viramos de cabeça para baixo. Olhamos uns aos outros milimétricamente à procura de furos de bala. Estávamos livres. Procuramos no carro os furos, não havia nenhum. Enfim eu disse: “Sobrevivi…” Não era a primeira experiência.Vou contar outras a vocês, como a de quando chegávamos em casa na Penha e fomos rendidos por 4 homens com metralhadoras e pistolas. Metralhadoras das chamadas Macaquinhas, pequenas e fáceis de levar em carro de passeio. Passaram a pistola pela cara do Emerson, desceram por todo o corpo dele, passavam o cano da pistola nele para revistá-lo e levarem nosso carro. Levaram tudo. Depois devolveram. Conversei muito ao telefone com eles, preguei para todos. Descobri que eram desviados. Tenho inúmeras experiências de sobrevivência no Rio, em Belém, em vários lugares. Mas tenho também em minha Igreja e em meu Estado famílias enlutadas.Casos de homens de Deus e jovens santos, cheios de Deus que foram executados.Ou soterrados. Além da violência, e a falta de vontade política, somos conformados dizendo: “O Mundo jaz no maligno!! Aleluia!! Temos que morrer mesmo assim, soterrados, assassinados, torturados porque Jesus vai voltar….” Que mente derradeira a da Igreja que assim pensa. O Espírito Santo está sobre a Terra e habita a Igreja!!! O mesmo mundo que jaz no maligno tem tachas de homicídios bem menores na França ou na Bélgica, onde o povo vai pra rua e grita!!! Ou será que nós crentes estamos tão misturados com a inércia e a ignorância que não temos o que pensar ? O que dizer? Ou não podemos protestar porque na ultima eleição recebemos dentaduras ou recursos para trazermos nossos cantores evangélicos em nossas Igrejas? Ou será que isso não é problema nosso se as crianças de nossa comunidade estão fazendo fila para entrar para o trafico, enquanto não temos trabalhos sociais? “Ah! é verdade…deixemos isso para o Afro Reague, que aliás, pode nos dar aulas de cidadania.” Será que vamos seguir votando sistematicamente em candidatos evangélicos sem cobrá-los de suas responsabilidades? Sem pesquisarmos no Google quantos processos ou quantas leis eles aprovaram e fizeram valer? Eu estou exausta de fazer campanhas e depois delas ser ignorada e muitas vezes nem atendida pelos nossos “santos evangélicos” elegíveis. São poucos os parceiros que eu tenho e não preciso citá-los porque os que fazem valer o cargo que ocupam, vocês já conhecem e não precisam se defender. Suas obras falam por si. E quanto a nós? O grupo Rebanhão cantava “Quantos Chico Mendes ainda vão morrer?” Essa nossa geração perguntaria: “ Quem foi Chico Mendes?” Nossos Lideres fazem pressão politica para que a placa que indica como chegar na igreja seja colocada na rua apontando a direção, ou para que um monumento à Bíblia seja erguido na praça da cidade. NINGUEM LEMBRA DOS ÓRFÃOS!!! As viúvas apodrecem nos barracos, com fome, ou morando num puxadinho de favor.Será que os nossos representantes vão seguir firmes? Ou vão sumir das Igrejas por mais 4 anos? Por nossa vez temos que deixar de desrespeitar os eleitos, vaiá-los ou ridicularizá-los. Não é essa a educação que Cristo nos sugere. Antes, ao invés de vaiá-los ou xingá-los, deveríamos responder nas urnas. Pense! Ouça o Espírito Santo, estude, preste à atenção, não se deixe manobrar. Não seja ingênuo.Vote, grite! Acorde! Seja! Reclame! Não se conforme! Precisamos de respostas para os nossos irmãos vitimas das chuvas: Quando? Como? Vamos fazer como o bom samaritano que enfiou a mão no bolso. Eu estou disposta. E você? Se o Estado quiser, fará. Mas precisa ser antes da Copa, porque se esperarmos a Copa, tudo virará grama, cerveja e Madona. E a bola? A bola será a cabeça das crianças do morro do Bumba nos pés do Estado.

Com Temor em Cristo Fernanda Brum

Veja Vídeo da Favela Mandela de Pedra Manguinhos Rio de Janeiro À 30 minutos da minha casa http://riodepaz.typepad.com/.a/6a010535f229c6970c01347fe3a923970c-pi

Posted by Débora Branquinho in Fernanda Brum, Geral, Missões on 04 24th, 2010 http://www.profetizandoasnacoes.com.br/blog/2010/04/24/sobrevivi

"Senhor Ensina-me a Sorrir"



A habilidade para sorrir é um verdadeiro dom de Deus. Eu acredito que essa é a expressão de um coração que está cheio de alegria. Infelizmente, para uma pessoa comum, gargalhadas só acontecem dependendo das circunstâncias. Mas nós como crentes, temos um privilégio maravilhoso – podemos sorrir mesmo quando as coisas não estão da forma que gostaríamos.

Uma das razões para podermos sorrir e desfrutar nossa vida apesar das atuais circunstâncias, é porque Jesus é a nossa alegria. Ele é a vinha e nós somos os galhos. À medida que nós aprendemos a permanecer nele, vamos render ou produzir o fruto do caráter de Cristo, e a alegria é um fruto. Longe dele, não podemos fazer nada, mas na presença dele nossa vida irá transbordar de alegria, e eu creio que quando a alegria for transbordante, existirá uma ligação para o sorriso.

O SORRISO SURGE DE UM CORAÇÃO ALEGRE.

A Bíblia diz que quando nós aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, a totalidade de quem Deus é começa a existir dentro de nós. Em outras palavras, a divina semente que vai produzir todos os frutos do Espírito de Deus, incluindo alegria, está em nós. Não é uma coisa que estamos tentando adquirir, é algo que já existe. O que precisamos aprender é como desprender esta alegria, pois algumas vezes o “bem-estar” de nossa alma se trava, e isso impede que a alegria de Deus seja liberada.

No Velho Testamento, uma das estratégias de guerra para bloquear o “bem-estar” do inimigo era mostrando ossos e muita sujeira. Quando conseguiam atingir esse “bem-estar”, ninguém mais conseguia encorajá-los. O mesmo acontece conosco. Nosso inimigo tenta atingir nosso bem-estar atirando “pedras” de ressentimento, amargura, falta de perdão, temores, dúvidas, depressão, você pode até listar. Se aceitarmos essa “sujeira”, que vem em forma de pensamentos, vamos impedir grandemente o fluir de “Águas Vivas” em nosso espírito.

Mas Deus não deseja que vivamos assim. Ele deseja liberar nosso bem-estar. Ele deseja que o rio do Espírito Santo flua livremente em nós e através de nós para tocar outros. Interessante que quando os filisteus desestabilizaram Abraão com sujeira, Deus usou Isaque para restaurá-lo. O nome de Isaque significa “alegria”. E foi a alegria que restaurou o bem-estar de Abraão, eu acredito que o desejo de Deus é usar a alegria e o sorriso para restaurar o seu bem-estar também.

Houve um tempo em minha vida que eu raramente sorria, ou deixava um sorriso solitário escapulir. Eu me tornei uma pessoa tão séria e intensa que deixava passar muitas oportunidades de sorrir. Felizmente, Deus mudou isso em minha vida. Agora, quando surge uma oportunidade de sorrir eu simplesmente agarro esta oportunidade. Eu vou direto para o sorriso. Eu aproveito o máximo que posso disso, pois descobri o tremendo alívio do estresse e da tensão uma boa gargalhada pode trazer. Quando estou cansada ou exausta para lidar com as coisas da vida, eu me sinto como um armário sujo, envelhecido e com necessidade de renovo. Mas quando Deus me dá uma oportunidade de sorrir, parece que vem uma “brisa sobre mim”, me levantando da opressão e me refrescando completamente.


Revista Enjoying Everyday Life
Ministérios Joyce Meyer

terça-feira, 27 de abril de 2010

'Nas Mãos do Oleiro"


“O Senhor tem falado ao meu coração sobre a importância da adoração a Ele em nosso cotidiano. Louvar ao Senhor no quarto, ao cozinhar, ao fazer a faxina, ao cuidar dos filhos, ao buscar as crianças na escola… É se tornar uma verdadeira adoradora em Espírito e em verdade. É algo que vai muito além de louvar nas plataformas ou púlpitos”

Em Jeremias 18: 1-6, observamos que Jeremias foi um homem capaz de enxergar Deus nas mais simples atividades. “Um sermão é eficaz quando o pregador sofreu primeiro aquela palavra no seu interior. É com a consolação que fomos consolados que podemos consolar o outro”. A passagem bíblica sobre o oleiro ilustra bem uma matéria prima citada por Deus em Gênesis: o pó. “A primeira vez que Deus como oleiro modelou alguma coisa com suas próprias mãos foi quando fez Adão”, o pó, o barro em si, não tem valor material algum, o valor está no trabalho do artista que faz o trabalho e agrega valor a ele. “O ser humano é a obra prima de Deus. O artista, o oleiro, quando vai fazer sua criação ele inicia um projeto. Ele não faz nada por acaso, cada etapa do processo tem uma razão de ser, e se não for bem feito, haverá resultados drásticos no final. Porém, se o oleiro for cuidadoso em cada etapa o resultado será um vaso lindo, pronto para ser usado. “Deus sempre olha para a substância informe e sem valor, e visualiza no que pode se tornar em Suas mãos”.


A primeira fase é a limpeza do barro. Nesse processo, o oleiro utiliza um elemento muito importante, a água. O barro pode estar duro, e somente a água do Espírito Santo poderá amolecer, tornar esse barro maleável. Há referências bíblicas que falam sobre o fluir das águas (João 4 e João 7) na vida de uma pessoa. “O barro – mistura da água com o pó da terra – é o Espírito Santo e a Palavra, não há como vivermos sem esses elementos. A água do espírito amolece o nosso coração que antes era duro”,


“O oleiro começa a bater no barro para que a água entre em cada parte dele. Há áreas da nossa vida que ainda não receberam a água, é preciso que o oleiro (Deus) bata um pouco mais até ele ter certeza que a água se espalhou por todo o barro. Algumas vezes o oleiro joga o barro no chão, é preciso dentro deste processo. O Senhor quer que todos os nossos sonhos e projetos, todas as áreas da nossa vida sejam regadas”.


É nessa fase que o oleiro começa a arrancar cada sujeira, cada pedra que está dentro das pessoas (o barro). “Deus, o oleiro, vai batendo no barro, fazendo buraquinhos e vai com uma pinça lá no fundo e tira as pedrinhas. É o pecado, é a nossa velha maneira de ser, as nossas manias. O barro estava acostumado com aquelas pedrinhas, elas nem incomodavam mais ele. Mas o oleiro tem que tirar toda a sujeira. Depois de bater, abrir e limpar ele bate no barro de novo. Dessa vez para tirar as bolhas de ar. Ele precisa que todos os vazios sejam preenchidos. Sabe aquele vazio que você sente? Tem que ser preenchido pela perfeição de Deus”.




A preparação do barro pode ser um processo lento e doloroso. “Se o processo de limpar, amassar e bater no barro não for tão perfeito o vaso corre um grande perigo. No momento de ser levado ao forno se o vaso não estiver bom ele quebra e pode quebrar todos os vasos que estão ao redor dele.”


Com o barro limpo ele precisa estar centralizado, alinhado com a roda. Deus tem uma velocidade e uma direção, no centro da vontade Dele. “Quero dançar ao som da música do céu, e responder ao teu chamado. Quero avançar quando tua nuvem se mover, obedecer ao teu compasso”, esse trecho da música “som do céu”, Ilustra essa situação. No momento que o barro já está na velocidade certa o oleiro começa a rasgar o barro. Ele sofre uma grande pressão das mãos do oleiro para começar a tomar forma. A pressão mais forte sofrida pelo barro é interna. “Assim é a nossa vida, a pressão do Senhor sobre nós, o agir Dele começa de dentro para fora”. Chega o tempo que o vaso começa a receber uma forma, nesse momento, o vaso começa a ficar robusto, e o oleiro vem e começa a quebrar as beiradas dele. “Está trabalhando na boca do vaso. Meus irmãos, quando o vaso ‘pensa’ que já está pronto, o oleiro vem com uma faca de madeira e tira todo excesso do barro. A faca de madeira me faz lembrar da cruz. É na cruz que lidamos com os nossos excessos. Carregamos muita coisas desnecessárias. Deus quer que você olhe as coisas e entenda o que Ele está falando”. A importância de entender o processo do oleiro é a “essência” da mensagem. Jeremias foi levado à casa do oleiro, e naquele trabalho braçal, compreendeu como Deus trabalha na vida das pessoas. “Vamos cortando todos os excessos. Leve isso para o seu cotidiano, Deus quer tirar os excessos de sua vida, a começar pelo que parece simples aos seus olhos. As vezes pensamos que estamos perdendo ao tirar os excessos, e depois entendemos que ficou muito melhor.” Em todo o processo o oleiro não tira os olhos do barro. Se ele não prestar atenção o vaso quebra, estraga, cai. “Você acha que o oleiro joga o vaso fora? Não. O oleiro não desiste do barro. Ele resolve aquele problema e vai começar tudo de novo”. Depois de moldado o vaso vai para um tempo de descanso. Para secar, ficar rígido e forte. Neste isolamento ele não pode se encostar em nenhum outro vaso. No tempo de retiro o vaso está ficando forte, porém, é nesse momento que ele pode rachar. “Para consertar o vaso rachado o oleiro usa uma barrela – a mistura do barro que é o Espírito e a Palavra, com água, vinagre e sal. Vejo essa barrela como uma outra pessoa entrando em nossas vidas para sarar as rachaduras. A confissão dos pecados é importante, e você fará isso com aqueles que olham nos nossos olhos. Deus usa pessoas para nos sarar. A Bíblia diz que quem confessa Ele é fiel e justo para perdoar os pecados e purificar de toda injustiça”. Mesmo se estiver no final do processo, se o vaso não for consertado o oleiro quebra o vaso em vários cacos e começa o processo todo de novo. Se ele não rachar, será levado ao fogo. “O fogo na Bíblia é figura de provação, refinamento. A prova final é a prova de fogo. Quem não for aprovado, vai ser lançado fora. O vaso que passar pelo fogo será enfeitado, adornado ou pintado. Glória a Deus”.

Se deixe ser moldado por Deus. Nas mãos do Oleiro.


Por Ana Paula Valadão Bessa – Disponível e: www.diantedotrono.com.br

"A Visão de Deus sobre sua vida"



"Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio". Salmos 91:2




Já aconteceram realmente coisas ruins com você? Você e Deus podem ter diferentes definições para a palavra ruim. Pais e filhos têm. Consulte a palavra ruim no dicionário de um estudante do 1º grau, e você lerá definições como “espinha no nariz”, ou “prova surpresa de geometria”. “Pai, isso é muito ruim!” os jovens falam. O pai, que já passou por isso algumas vezes, pensa diferentemente. Espinhas passam...

O que você e eu podemos avaliar como um desastre total, Deus pode avaliar como um problema no mesmo nível da espinha que passará. Ele vê sua vida como você vê um filme depois de ler o livro. Quando algo ruim acontece, parece que o ar do cinema foi sugado. Todos os outros ficam ofegantes com a crise na tela. Você não. Por quê? Você leu o livro. Você sabe como o mocinho sai da enrascada. Deus vê sua vida com a mesma segurança. Ele não só leu sua história... ele a escreveu.



Notas:
Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida
Texto original extraído do site www.maxlucado.com

segunda-feira, 26 de abril de 2010

No silêncio do ser...

No meio da luta e tribulação, muitas vezes o que mais desejamos é ter um ouvido amigo para desabafar. Queremos conversar, falar, expor nossos sentimentos e até mesmo chorar. Um ombro amigo para chorar muitas vezes é um presente de Deus em nossas vidas,não é verdade? Mesmo que saibamos que esse amigo ou amiga não tem o "poder" de resolver a situação, é bom mesmo abrir a nossa boca e falar, falar, falar ...


Mesmo sem ter ninguém para conversar, sentamos e abrimos a boca por meio da oração para falar com Deus. Ele é aquele amigo que sempre está com as mãos estendidas para nos abençoar e ouvidos atentos para ouvir (Isaías 59.1). E muitas das vezes, nosso "falatório" transforma-se em murmuração. Não são poucas as vezes que começamos a falar e falar com o Senhor e essa 'fala' vem carregada de queixas, de 'porquês', de perguntas etc etc. Queremos até dar ordens a Deus, para que Ele faça isso, ou aquilo segundo a Nossa vontade e não a DELE!


O profeta Jeremias em um momento de luta, tristeza e grande pesar, fez uma declaração um tanto quanto contraditória em relação à nossa ânsia de falar.: " Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do Senhor e isso em silêncio" ( Lamentações 3.25-26.)


Calar-se quando somos acusados, calar-se quando somos injustiçados, calar-se quando queremos gritar por socorro... Um desafio para aqueles que esperam no Senhor. Um desafio, mas com a certeza de que Aquele que tem nas mãos o controle da nossa vida, NUNCA, JAMAIS perdeu uma batalha! Não será a sua que Ele vai perder!


E quando você se cala, para de reclamar, de murmurar, de blasfemar, e então, abre a voz do seu coração e começa a adorá-lo, pois como Ele habita no meio dos louvores do seu povo, sua adoração, será a casa do amado, e onde Ele mora. Aleluia!


"Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo, uma brisa tranquila e suave." (1 Reis 19.11-12.) E eis que Ele, o Senhor, falou com Elias no silêncio da brisa tranquila. É no silêncio do seu ser que Ele quer falar com você.

Deus abençoe !!

Matando o velho homem

"Boas Ideias"





A Palavra de Deus em Gênesis, nos mostra em duas situações distintas, como Boas Ideias ás vezes podem não resultar em algo positivo.

Em Gênesis 15, vemos Abrão tendo uma bela ideia diante de Deus, ante o fato dele não ter ainda seu herdeiro, gerado por sua esposa:

“Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer?
Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro”.


Abraão, diante do fato de já ter uma idade avançada, vai diante de Deus e o questiona sobre o fato de que grande galardão ele teria, visto que nem mesmo filhos ele tinha. Abrão então diz ao senhor, que o servo de sua casa SERIA o seu herdeiro. Vejamos então a resposta de Deus:

“E eis que veio a palavra do SENHOR a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro.
Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência”.


Um pouco mais a frente desse episódio, vemos outra pessoa tendo uma Boa ideia para resolver um aparente problema, em Gênesis 16, temos Sara que busca uma solução para o fato de não poder gerar um descendente á Abrão:


“Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos”.


Vimos duas situações semelhante com dois resultados distintos, e apenas um fato que fez toda diferença no final dessas história: Quando Abraão tem a ideia de colocar seu servo Eliéser por herdeiro, ele coloca essa situação diante de Deus, vemos Abraão consultando a Deus sobre este fato e temos então a resposta de Deus, garantido a ele, que no tempo devido ele seria surpreendido por sua benção. No entanto, Sara não faz o mesmo, ela decide em seu coração colocar em prática sua Boa ideia, de dar sua serva como mulher a Abraão a fim de lhe conceder um filho, e o resultado de tudo isso, foi o seu próprio desprezo e outras conseqüência terríveis que vemos no decorrer da história de Ismael.

Portanto irmãos, precisamos sempre estar atentos ao nosso coração, entendendo que nem sempre boas ideias resultarão em boas obras. Necessitamos em todo o tempo e antes de tudo, entender o Senhorio de Deus sobre nossas vidas, em nossas decisões, até mesmo aquelas que aos nossos olhos parecem ser as mais acertadas, devemos antes nos aconselhar com o senhor, pois é ele quem conhece o nosso coração e esquadrinha os nossos pensamentos e nos dará sempre a melhor opção de escolha.

“Senhor dê-nos um coração sempre grato por sua presença e por seu amor, ensina-nos em todo o tempo a termos humildade e o cuidado de te consultar em todas as nossas escolhas e decisões, afim de que não percamos o melhor que tens pra nossas vidas”


(Palavra ministrada pelo Pr.Carlos Luciano (Com.Evangélica El Shadday), durante a reunião de Oração – 26/04/10).

A parábola dos homens sanduíche

Eu sou a voz do que clama no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor”. João 1:23Os rostos dos três homens estavam sérios quando o prefeito os informou sobre a catástrofe. “As chuvas destruíram a ponte. Durante a noite muitos carros foram para o precipício e caíram no rio”.“O que nós podemos fazer?” um deles perguntou.“Vocês precisam ficar ao lado da estrada e avisar aos motoristas para não virarem à esquerda. Digam a eles para pegarem a estrada estreita que segue ao lado do rio”.“Mas eles dirigem muito rápido! Como podemos avisá-los?”“Vestindo esses cartazes sanduíches”, o prefeito explicou, pegando três cartazes duplos de madeira unidos de forma a ficarem pendurados nos ombros de uma pessoa. “Fiquem nos cruzamentos para que os motoristas possam ver estes cartazes até que eu consiga alguém para consertar a ponte”.E então os homens foram rapidamente para a curva perigosa e colocaram os cartazes apoiados em seus ombros.“Os motoristas deveriam ver a mim primeiro”, falou um deles. Os outros concordaram. O cartaz dele avisava “Ponte Quebrada!” Ele caminhou vários metros antes de virar e ficar em seu posto.“Talvez eu devesse ser o segundo, para que os motoristas diminuam a velocidade,” falou o homem cujo cartaz dizia “Diminuam a Velocidade”.“Boa idéia,” concordou o terceiro. “Eu ficarei aqui na curva para que as pessoas saiam da estrada larga e entrem na estreita”. Em seu cartaz estava apenas “Peguem a Estrada Certa” e tinha um dedoapontando na direção da estrada segura.E então os três homens ficaram com seus três cartazes prontos para alertarem os viajantes sobre a ponte quebrada. Conforme os carros se aproximavam, o primeiro homem ficava em pé de modo que os motoristas pudessem ler, “Ponte Quebrada”.Então o próximo sinalizava para seu cartaz, avisando os carros “Diminuam a Velocidade”.E conforme os motoristas obedeciam, eles então veriam o terceiro cartaz, “Peguem a Estrada Certa”. E, apesar da estrada ser estreita, os carros obedeciam e ficavam seguros. Centenas de vidas foram salvas pelos três homens-sanduíches. Por eles terem feito seus trabalhos, muitas pessoas foram mantidas fora de perigo.Mas depois de poucas horas eles relaxaram em suas tarefas.O primeiro homem dormiu. “Ficarei sentado onde as pessoas possam ver meu cartaz enquanto eu durmo”, ele decidiu. Então ele tirou seu cartaz de seus ombros e o apoiou contra uma pedra. Ele se inclinou no cartaz e dormiu. Enquanto ele dormia, seu braço escorregou sobre o cartaz bloqueando uma das duas palavras. Então ao invés de se ler “Ponte Quebrada”, seu cartaz apenas dizia “Ponte”.O segundo não ficou cansado, mas ficou orgulhoso. Quanto mais avisava as pessoas, mais importante se sentia. Alguns até paravam no acostamento para agradecê-lo pelo trabalho bem feito.“Nós poderíamos ter morrido se você não nos tivesse dito para diminuirmos a velocidade”, eles aplaudiam.“Você está muito certo”, ele pensava consigo mesmo. “Quantas pessoas estariam perdidas se não fosse por mim?”Agora ele chegou a pensar que ele era tão importante quanto seu cartaz. Então tirou o cartaz, colocou no chão, e ficou ao lado dele. Quando fez isso, não percebeu que ele, também, estava bloqueando uma palavra de seu aviso. Ele estava na frente da palavra “Velocidade”. Tudo que os motoristas conseguiam ler era a palavra “Diminuam”. Muitos pensaram que ele estava fazendo propaganda de um plano de dieta.O terceiro homem não estava cansado como o primeiro nem orgulhoso como o segundo. Mas ele estava preocupado com a mensagem de seu cartaz. “Peguem a Estrada Certa”, dizia.Ele ficou inquieto por sua mensagem ser tão inflexível, tão rígida. “Deveria ser dada uma opção para as pessoas. Quem sou eu para dizer a elas qual é a estrada certa e qual é a estrada errada?”Então ele decidiu mudar a frase do cartaz. Ele fez um traço na palavra “Peguem” e alterou para “Prefiram”.“Humm”, ele pensou, “ainda está muito estridente. É melhor não moralizar. Então ele fez um traço na palavra “Prefiram” e escreveu “Sugiro”.Ainda não parecia certo, “Pode ser que ofenda as pessoas se elas pensarem que eu esteja sugerindo que sei algo que elas não sabem”.Então ele pensou e pensou e finalmente fez um traço na palavra “Sugiro” e a trocou por uma frase mais neutra.“Ahh, agora está certo”, ele disse a si mesmo enquanto se afastava e lia as palavras:“Estrada Certa – Uma de Duas Alternativas Igualmente Válidas”.E então, enquanto o primeiro homem dormia, o segundo ficava parado e o terceiro alterava a mensagem, um carro após o outro mergulhava no rio.

Notas:Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques AlmeidaTexto original extraído do site http://www.maxlucado.com/