Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. (João 2.24)
Conheço a historia de um ilustre homem de Deus, pastor no Brasil, que viveu um momento muito difícil em seu ministério; Visivelmente os cultos em sua igreja eram muito ruins, os ministérios congregacionais não tinham liga, as pessoas não conectavam entre si, os relacionamentos não se firmavam. Naquela ocasião as pessoas começaram a sair da igreja procuravam aquele pastor e diziam: _ pastor gostamos muito de você, sua pessoa é agradável e nos faz bem sua amizade, mas não suportamos mais congregar nesta igreja, encontramos outro ministério que nos atende melhor e queremos sua benção para partir, aquele pastor com uma sabia postura jamais negou abençoar a qualquer um daqueles irmãos, ou os abençoou com o coração camuflado, entretanto com sinceridade sempre despedia em paz, suas ovelhas. Em um determinado dia após vários irmãos terem partido um valoroso obreiro o procurou para o mesmo fim dos anteriores informar que estava saindo, aquele nobre pastor, com o coração já desgastado e em muitos questionamentos perguntando a Deus qual era seu erro, não achando resposta, disse aquele obreiro _meu irmão estou tão desgastado que te confesso se eu não fosse o pastor desta igreja também iria embora, mais uma vez despediu em paz aquele irmão. Como acaba a historia deste nobre pastor? Saberemos ao fim deste artigo.
Uma das maiores avenidas para sabedoria é o discernimento, Salomão o grande rei disse: sábio é aquele que discerne o temo e o modo de todas as coisas acontecerem. Somos contemporâneos em uma época marcada pela busca de insana de resultados, somos doutrinados desde crianças a chegar com velocidade em objetivos, não só nossos mas também com os que a vida, a sociedade, as pessoas, os sistemas, nos impõem. Somos a geração comida rápida, gostamos da carne macia, porém detestamos o som da preção na panela, detestamos ainda mais o tempo necessário para o bom cozimento dos alimentos, gostamos de micro-ondas modernos, que acelerem os processos de preparação nos contextos que estamos em que estamos inseridos, aqui deste lado do equador a vida é assim. Velocidade, resultados, metas, fins que justificam os meios, e como vários outros aspectos de nossa era este aspecto do triunfo a qualquer preço e sob qualquer padrão invadiu nossas igrejas.
Inúmeras são as estratégias apresentada, buscando um objetivo central, CRESCIMENTO. neófitos assumem sob seus ombros um peso espiritual que não estão prontos para carregar, orientados por líderes fascinados pela ilusão do poder e neste ínterim tem se perdido, perdendo sobretudo sua comunhão primária com o Maravilhoso criador do Universo. Tudo isso é muito perigoso.
É tempo de ligarmos nosso radar do tempo, detectar com precisão o modo e o tempo das circunstâncias que estamos vivendo, como igreja brasileira precisamos parar com essa ambiciosa busca pelo crescimento, circunstância essa que se tornou um vício em nosso abençoado Brasil, e olharmos para a essência do evangelho abandonando um pouco os benefícios das massas facilmente manipuláveis, hipnotizados pelo bel prazer.
A palavra de Deus é muito clara, existe tempo para todo propósito debaixo do sol, existe um tempo certo para todas as coisas, sempre terão aqueles que estão no tempo de abraçar, e aqueles que estão no tempo de afastar-se de abraçar, aqueles que estão no tempo de chorar e aqueles que estão no tempo de rir, aqueles que estão no tempo de ajuntar e aqueles que estão no tempo de espalhar. Trafegando paralelamente pelos corredores dos palácios congregacionais no Reino de Deus, o que precisamos é discernir qual é o nosso tempo, a maturidade inevitavelmente passa pelo caminho da perda, sobretudo perder para Deus. Sim perder para Deus. A seqüência, de João 12.24 o versículo lido no início deste artigo é: “Quem ama a sua vida prede-a mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna, (João 12.25).
Precisamos aprender a lição do grão de trigo, a lição da perda que em supra-sumo é: Não se pode ressuscitar sem antes morrer. Desejamos avidamente a gloria do domingo de ressurreição, mas não queremos sobre nenhum aspecto o sabor amargo do féu das três horas da tarde na sexta feira no gólgota. Amadurecer exige tempo, trabalho, perdas, em fim sangue, suor e muitas lágrimas.
Jamais triunfaremos verdadeiramente, sem antes passarmos no caminho pontuado pelo pai celestial para que andemos. TRIUNFALISMO, é uma perigosa obsessão da alma que tem nos afligido no século XXI, igreja brasileira, abra os olhos do coração e grite a alto e bom som em plenos pulmões, SENHOR precisamos te ver! Precisamos ver o caminho que o Senhor tem pra nós e não queremos mais ver o caminho que nós temos para o Senhor, nos quebrantar com um coração contrito pedir perdão a Deus pois a um coração quebrantado e contrito Ele jamais desprezará.
Em fim o fim da historia do nobre pastor citado na introdução deste artigo é que alguns anos após a fase difícil que ele viveu onde muitos queridos foram embora, a igreja era a mais bem falada em sua cidade na qual eu tenho alguns amigos verdadeiros. No tempo de hoje a igreja possui uma membresia fiel e ativa com mais de cinco mil pessoas, todos os ministérios da casa funcionam fluindo como águas cristalinas incansáveis que descem sobre as corredeiras de um ribeirão saudável, os pequenos grupos bem equilibrados e crescentes como o exército descrito em Joel capítulo dois, com soldados correndo nos campos de batalha em fileiras bem arregimentados, lado um do outro e ninguém aperta seu irmão, os ministérios congregacionais, admiráveis bem organizados e sem nenhuma disputa de poder. É uma igreja onde não se há duvidas da presença gloriosa de Deus no governo de tudo. E o nobre pastor ainda não achou resposta para sua pergunta, onde foi que eu errei? Porque ele não errou apenas estava como um grão de trigo caído na terra, e no momento da severa decisão seguiu o caminho certo, pois se não morresse, ficaria ele só. Mas como morreu foi partido, perdeu para Deus, gerou e tem gerado muitos frutos, é assim que nós vencemos igreja brasileira, deixando que o processo de Deus não o nosso flua, esse é o verdadeiro e essencial triunfo. Por isso oremos todos os dias pedindo a Deus que tenha misericórdia de nós e nos presenteie com radares bem aferidos para discernimos o tempo e o modo de todas as coisas.
Pr. Romney Cruz
Se você crê num Deus que é vivo, forte, precioso e fiel para cumprir tudo que nos promete... Se você tem vivido experiências com ele e com seu lindo e doce amor... Se você tem fome e sede por mais da presença do amado de nossas almas... Então este espaço também é seu, Seja Bem vindo!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
"QUANDO A MÁSCARA CAIR"
Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15-20).
A mídia geralmente se esmera em apontar, agora de um modo muito mais constante, “evangélicos” ou “crentes” que causam espanto e escândalo por causa de seu mau proceder.
Algumas “evangélicas” famosas já declararam que vão desfilar na passarela no carnaval. E alguns outros que se chamam de “crentes” não resistirão, vão cair na farra igualmente.
Esta é uma das razões pela qual, no período do Carnaval, o nome do Senhor é blasfemado. Essa situação de o crente ser nivelado “por baixo” não é nova, tendo incomodado de tal forma o Senhor Jesus que, no Sermão do Monte, Ele se referiu a isso de um modo inequívoco e desafiador.
Ele disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos pés de urtiga? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15-20).
Quando Jesus compara a vida humana com a árvore e seu fruto, Ele chamava a atenção para o perigo de nos deixarmos enganar pelas aparências, ou seja, de alguém parecer ser um crente, sem o ser de fato.
A diferença entre o verdadeiro e o falso crente seria conhecida pelo fruto, se bom ou mau. Sempre há quem tente se passar por crente, pelo simples fato de adicionar certos ingredientes da vida cristã à sua vida pessoal, ao invés de tornar-se uma nova criatura, sem receber na realidade a transformação de sua própria natureza interior. É o “crente denorex”: parece, mas não é.
Como a “árvore boa produz bons frutos” e “a árvore má produz frutos maus”, assim também é o caráter de uma pessoa; o que ela é, na realidade, mais cedo ou mais tarde será revelado.
Alguém pode até falar de modo correto, agir e viver aparentemente da maneira certa, mas pode ser um “falso profeta” ou falso crente. Em suma, um dia a máscara cai.
Alguém pode ter um bom temperamento, índole gentil, boa educação, mas mesmo assim não ser crente.
Ser crente aponta em primeiro lugar para a transformação interior, para a mudança da própria natureza e da vida toda do indivíduo. Não basta parecer, tem de ser.
Há quem pense ser crente apenas por cumprir certos rituais, como batizar-se, dar o dízimo, pertencer a uma igreja e ir aos cultos, etc. Mas isso pode ser apenas mera simulação do verdadeiro comportamento cristão.
E, se tal é verdade, esse tipo de “crente” pode ser muito mais inimigo da cruz de Cristo que outra pessoa não cristã. De fato, pode ser muito mais perigoso à fé cristã que aqueles que perseguem aberta e injustamente os crentes.
A mensagem de Jesus é clara: se não houver mudança interior pelo novo nascimento, não haverá salvação (Jo 3.3). A pessoa pode até se batizar, mas o que de fato estará acontecendo é que entrará nas águas um “pecador enxuto” e sairá um “pecador molhado”.
Quando a máscara cair e o verdadeiro caráter não transformado for revelado, cumprir-se-á nesse tipo de “crente” o que disse o apóstolo Pedro:
“Melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: a porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal” (2 Pe 2.20-22).
O verdadeiro crente não usa máscara, pois nasceu de novo: teve os pecados perdoados e o coração transformado. É uma nova criatura: sua nova vida agora é vivida em Cristo, por Cristo e para Cristo.
A nossa alegria não está no Carnaval, mas em Cristo, pois “a alegria do Senhor é a nossa força”.
Portanto, “alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.
Preletor: Pastor Samuel Câmara (PORTAL CREIO: http://www.creio.com.br/2008/mensagens01.asp?noticia=489)
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