quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jesus, o servo de Deus

Para melhor nos relacionarmos, é necessário que conheçamos bem – ou o mínimo necessário – a pessoa com quem iremos compartilhar nossa vida, problemas, defeitos e alegrias. Seja em família, na igreja ou em nossa vida secular, o que determina a qualidade dos nossos relacionamentos é a nossa capacidade de conhecer e compreender o próximo. Isso nos proporciona, certamente, atitudes e comportamentos melhores.

Esse princípio também se aplica à nossa comunhão com Cristo. Nossa vida com Ele melhora à medida que confiamos em seu poder, descansamos e nos apoiamos no que ele é capaz de fazer. Nós amadurecemos como filhos de Deus e nos tornamos mais parecidos com Cristo – isso é ser Cristão! – quando, pela fé, recebemos a revelação de sua pessoa em nós.

No entanto, não é diretamente sobre nosso relacionamento com Cristo que quero comentar. O que pretendo é levantar uma característica de sua pessoa que é fundamental termos em mente para não abandonarmos a fé em meio a momentos de dificuldades, principalmente quando achamos que “a prova está pesada demais”. Isaias 53 o define com um homem de dores, de vida sofrível. E é exatamente assim que o vemos nos evangelhos. Entretanto, essas dores, como podemos ver no mesmo texto de Isaias, não eram dele, mas nossas! A dor de um pobre que não tinha ninguém por si, dos rejeitados e condenados pela religiosidade de sua época e dos que padeciam de enfermidades que sentenciavam a pessoa a uma vida desumana foram as dores que Jesus presenciou. Em certo momento Ele se compadece ao ver a situação de Israel e os compara como ovelhas desgarradas. Ele chorou com lázaro morto e uma quantidade de pessoas sofrendo também por isso.

Na Cruz essas questões foram resolvidas porque foram levadas sobre Ele. Eu não estou dizendo que estamos livres de dores e enfermidades, mas que temos quem as resolva quando elas se manifestarem. Nós erramos quando não levamos nossas mazelas a Cristo, pois é sobre Ele que cada uma deve estar. É com um “vinde a mim” que Cristo nos recebe quando estamos prestes a cair, e Ele mesmo nos garante que nos aliviará se, de fato, irmos até Ele.

Muitos param no meio do caminho porque simplesmente se esquecem desse atributo do nosso Senhor. É vontade dele suportar nossa fraqueza quando estamos fracos. Se nos sentimos abandonados, Ele é o melhor amigo e Conselheiro. Em meio à tempestade, Ele é nosso abrigo. Só Ele nos compreende e nos aceita exatamente como somos. Para tudo temos Cristo! Ele é a providência de Deus para nós e para tudo o que nos assola. O problema e os impossíveis de agora e os que certamente surgirão amanhã Cristo levou sobre si na Cruz e, portanto, já estão solucionados (Jo 16.33)! Não é a vontade de Deus que sejamos paralisados por nossas dores, porque elas se tornaram as dores de Cristo!

Amado(a), como sempre saliento nos meus comentários, Cristo é a nossa Videira e não seremos bem sucedidos, como seus ramos, se não estivermos ligados a Ele, e receber a vida que emana dele. Ele sofreu por nós, morreu para nos dar vida, foi humilhado para nos elevar a posições altas com Deus, tornou-se maldição para nos abençoar e foi desprezado e rejeitado para que nos tornássemos propriedade peculiar do nosso Deus. Para que fôssemos livres, ele se fez servo.

“Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.” (Hebreus 2.10,14,18.)

Em Cristo,